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Autor: George S. Clason

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Uma civilização que simboliza riqueza. Um nome que evoca força. O império babilônico!

O império não existe mais. Sua localização está em ruínas, sob o clima árido da Mesopotâmia, a cerca de 90 km ao sul de Bagdá.


A cidade caiu! Mas as histórias e fábulas contadas neste livro sobre os seus ricos moradores ainda pode ser útil. Na verdade, a simplicidade do segredo de riqueza destes babilônios é algo fascinante!

O livro O HOMEM MAIS RICO DA BABILÔNIA foi publicado pela primeira vez em 1926, por George Samuel Clason. 

A leitura desta obra é cativante, com palavras que nos levam a imaginar o cenário, quase como se nos sentíssemos lá, sob o sol inclemente de outro século, os pés empoeirados e respirando o ar pesado e abafado, observando atentamente os eventos descritos.

Trata-se de um material cheio de parábolas e contos de personagens que não nasceram em “berço de ouro” e poderiam ter passado a vida toda como escravos, mas escolheram procurar conselhos sábios de prosperidade e escreveram os próprios rumos de suas vidas. 

Nesta leitura você conhecerá não só o conto do homem mais rico da Babilônia (não, não era um rei), como também conhecerá a história do homem mais sortudo. 

Na leitura, somos apresentados à vários personagens, mas alguns merecem nossa atenção:


Arkad

O homem mais rico da Babilônia, era um investidor tão hábil em fazer crescer os rendimentos, que foi convidado a prestar consultoria financeira no palácio, e ainda, a lecionar numa espécie de escola. Digamos que se tornou um coach em economia. Mas não nasceu rico: seus colegas de escola levavam uma vida de classe média e dependiam do salário do mês para sustentar suas famílias. Arkad tampouco era superdotado; ao contrário, era um jovem bastante comum. Sabe o que tinham em comum: o tempo.  E isso, ele soube usar a seu favor.


Dabasir

Um habilidoso negociante de camelos. A princípio, o conto o apresenta como um gordo avarento se regalando com iguarias da época em frente a desafortunados esfomeados. Mas o decorrer da leitura surpreende : Dabasir foi um aprendiz de sapateiro que, graças à boa reputação de seu pai, desfrutava da confiança de comerciantes locais para comprar a prazo e obter empréstimos. Inexperiente como administrador de seus ganhos, afundou-se tanto em dívidas que teve que sair da cidade para preservar sua vida. Suas aventuras fora dos muros da grande cidade foram desastrosas e ele acabou sequestrado e vendido como escravo. Uma das ricas esposas de seu senhor providenciou sua fuga, observando sabiamente que ele não tinha a “alma de um escravo”. Ao voltar para sua cidade, procurou seus credores e apresentou sua proposta para sanar suas dívidas, através do que conhecemos hoje como “refinanciamento”. A forma como transformou a sua vida é notável. Na minha opinião, o personagem mais interessante do livro!


Banzar

Chefe da guarda da cidade, expôs um evento que era comum na cidade: um ataque de um violento exército inimigo! Durante a leitura, quase dá para ver as chamas, ouvir os gritos e a comoção em sua volta. Mas as muralhas de Babilônia não eram frágeis: garantiram a proteção da cidade por séculos. Hoje, também necessitamos de proteção contra “inimigos”, e para isso precisamos recorrer às muralhas da poupança, seguros e investimentos confiáveis. Nunca se sabe quando o tempo e o imprevisto surgirão, mas é certo que ele virá de alguma forma. Não temos condições de ficar sem uma proteção adequada.


Rodan

Fabricante de lanças tão bom em seu trabalho que o próprio rei contratou seus serviços (imagine o contrato lucrativo que este jovem trabalhador conseguiu: fabricar lanças para um exército babilônio!). O livro apresenta aqui um pouco do conceito de classificação de risco, mostrando que Rodan deveria usar sabedoria ao emprestar seu suado dinheiro, dando prioridade para aqueles com garantias e se expondo a menores riscos com aqueles que apenas tinham sua alma como objeto de troca. A chave para Rodan é a diversificação dos investimentos.


Sharu Nada

Um bem sucedido comerciante. Mas foi um escravo, e conseguiu sua alforria com um empreendimento que lhe proporcionou uma renda extra. Sua ideia de trabalho foi bem sucedida por dois motivos-chave: ouviu um conselho sábio de ser dedicado em seu trabalho, sem preguiça e procrastinação, e aprendeu as 5 leis de ouro e aplicou a si próprio. Ser um escravo não o impediu de pensar que poderia conseguir sua “independência financeira”. Em contrapartida, o rico que o comprou como escravo perdeu sua fortuna em jogos de azar. Sharu Nada entendeu que chega o momento que devemos tentar nossa própria sorte nos desapegando de nossos amos e alçando voo solo. Empreendedorismo em foco. 


Conclusão

Os personagens apresentados no livro têm algo em comum com a maioria de nós: 

  1. Trabalham arduamente pelo salário do mês.
  2. Desejam fortemente quebrar este ciclo e prosperar, alcançando a independência financeira.

Para alcançar seus objetivos, estes personagens nos contam seus segredos de disciplina, resiliência, foco e responsabilidade. 

Uma das mais notáveis lições deste conteúdo é o quanto aprendemos errado com a vida. Crescemos com a ideia de que trabalhar duro não leva a nada. Mas o trabalho não é uma praga a ser evitada. É uma dádiva. O “escravo bom e fiel” é sempre recompensado. Diferente do “escravo mau” que não quer se dedicar, nem aprender. Esta atitude, sim, não leva a nada.

No total, 5 leis do ouro são ensinadas neste livro. Você pode ler e aprender com estas leis. 


  1. Você recebeu seu salário e está com uma lista de pessoas/boletos a pagar? Pague primeiro a você: 10% de seus ganhos, destine ao você do futuro, não ao do presente. 
  2. Encontre um trabalho de que você goste e adquira proficiência (seja um bom profissional). 
  3. Pensou em investir? Busque a sabedoria dos que já estão sendo bem sucedidos. Aprenda, estude, calcule os riscos, considere seus passos antes de efetuar investimentos incertos.
  4. Coloque seu dinheiro para trabalhar, mas faça isso estando familiarizado com o negócio/propósito em que ele será empregado. Esta lei explica porque tantos ganhadores de prêmios lotéricos perderam toda a fortuna que ganharam, e porque pessoas que abrem um negócio em um ramo que sabem pouco, tendem a falência. 
  5. Não acredite em ganhos milagrosos e rápidos. Desconfie de promessas de enriquecimento instantâneo. 

E, se esse aprendizado mudar o rumo de sua vida financeira, dependerá apenas de você.


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